POLICIAL ESCAPA DA MORTE

Policial fica a 15 cm da morte em operação na Favela da Coreia

O anjo da guarda de Arthur de Freitas fica de plantão quando ele sai de casa. Cabo do 14º BPM (Bangu), Freitas viu a morte de perto pela segunda vez, nesta quinta-feira. Escapou dela por 15 cm.

Arthur participou da operação policial integrada com policiais da 34ª DP (Bangu), que resultou na prisão de 16 traficantes, na Favela da Coreia, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio.

Com o fuzil preparado, ele andava por um trecho da comunidade conhecida como Chuchuzal, no Morro do Céu, quando percebeu dois disparos. Os tiros dos bandidos acertaram o guarda-mão e a luneta, partes da arma do policial, que estavam a cerca de 15 cm de seu rosto.

No ano passado, De Freitas já havia se livrado do pior, em uma operação no bairro de Guadalupe, na Zona Norte.

— Troquei tiros com um traficante e um acertou o outro. Eu fui atingido, mas o colete à prova de balas me salvou. Ele acabou morrendo — contou o PM. (http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/)

----------------------------------------------------------------------------------------------

Só quem já participou de uma troca de tiros, só quem já foi baleado em serviço ou perdeu um companheiro durante o serviço tem a noção exata do que isso significa. Já passei pelas três situações e por isso me revolto quando vejo pessoas generalizando, culpando toda uma Corporação por atitudes erradas de alguns de seus integrantes. Diariamente inúmeros policiais saem para trabalhar sem saber se voltarão para casa ao final do serviço, sem saber o que encontrarão pela frente durante o trabalho. Claro que é um risco que sabemos e aceitamos quando entramos nessa profissão, mas casos como esse deveriam servir ao menos para que a sociedade e os nossos governantes valorizassem e apoiassem o trabalho dos policiais honestos que são a grande maioria.